tag:blogger.com,1999:blog-36075168045341031712024-03-05T13:37:16.177-03:00Pedreira na Vidraça- o orégano nosso do seu dia-a-diaUnknownnoreply@blogger.comBlogger314125tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-8057691531531846472012-06-04T21:45:00.000-03:002012-06-04T21:45:13.517-03:00Água no feijão que chegou mais um!<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Jorginho do Império gravou um samba na década de 70 cujo verso inicial era exatamente esse do título. Pus esse título não foi à-toa.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Hoje, 4 de junho, entrou no ar o site do Movimento Ocupe Câmara, surgido no final de 2011 e que tem por principal objetivo fiscalizar o nosso Legislativo Municipal. Acho que é a primeira vez que a Câmara Municipal de BH passa por algo tão 1984 quanto esse. Haja Big Brother, amigo.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Só que, neste caso, o Big Brother não zela pela casa, mas pela população. O site será um espaço de compartilhamento em público dos recentes acontecimentos da Câmara, além de servir de espaço de opinião e cadastro para voluntários que queiram participar do movimento.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Conheça o site: <a href="http://ocupecamara.org/">ocupecamara.org</a></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-92155437108145198642012-02-10T09:57:00.001-02:002012-02-10T09:58:50.807-02:00O povo não é mais aquele...<blockquote class="tr_bq">
<i>Graças a uma pressão popular sem precedentes, os vereadores de BH desistiram oficialmente ontem de aumentar seus próprios salários em quase 62% numa canetada só. Por causa do voto secreto, 10 vereadores votaram pela derrubada do veto. Perguntados anteriormente se o fariam, 30 dissera que manteriam o veto e apenas 1, o vereador Leonardo Mattos, assumia a defesa do aumento. A sessão, claro, foi tumultuada. As galerias da câmara estavam cheias e os vereadores marcaram para o mesmo dia a apreciação do veto da prefeitura a um projeto de lei que beneficiava os jornaleiros da cidade. Esta semana também a Câmara aprovou um projeto de lei, que sabe inconstitucional, e enviou ao prefeito, garantindo gratuidade nos estacionamentos de shoppings e padarias da cidade. Era uma tentativa de agradar à população. Não colou! O plenário vaiou sonoramente o presidente da casa, vereador Léo Burguês, a aponto de ele ter que abandonar a presidência da sessão e só voltar para votar. Mas a vaia mais contundente ele levou quando tentou comemorar junto às galerias a manutenção do veto, como se esse fosse a sua posição desde sempre. Os manifestantes entenderam claramente que ele tentava, assim, fazer sua uma vitória que era do povo.Ponto para o vereador Leonardo Matos do PV que manteve a sua posição até o fim. Ele se disse favorável ao aumento desde o início e, apesar da covardia da votação secreta, deixou claro pra todos a sua posição. Errada, na minha opinião, mas isso é uma coisa pra ele resolver com os seus eleitores.O melhor de todo esse episódio é que ficou claro para os nossos bravos edis que a população não é mais aquela (alvíssaras!)… Graças à mobilização das redes sociais, vimos ontem (9/2/12) na câmara de BH a mais pura manifestação política. Estamos enfim evoluindo politicamente e nos tornando merecedores da democracia, um regime político que vai muito, muito além do voto. </i></blockquote>
<br />
Marcelo Guedes - CBN BH<br />
Fonte: <a href="http://glo.bo/yEnfED">http://glo.bo/yEnfED</a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-31368223831024696532012-02-10T01:15:00.000-02:002012-02-10T01:15:47.745-02:00Veto mantido. Ou do oportunismo do Léo CoxinhaSim, eu estive à Câmara ontem, acompanhando a plenária que iria discutir o veto ao reajuste de 61,8% ao salário dos vereadores de Belo Horizonte. Há muita coisa aqui que eu poderia citar e me delongar (como uma provável coronelagem de um grupo que estava lá na plenária, arregimentado por um certo vereador - que não vou citar o nome por medo, mesmo!), mas vou focar na discussão sobre o veto.<br />
<br />
A 7ª sessão ordinária da 16ª legislatura da Câmara Municipal de BH começou pontualmente às 15 horas. Detalhe que para iniciar os trabalhos um trecho da Bíblia foi lido, causando furor dos aproximadamente 400 manifestantes que lá se encontravam. Estado laico lendo trecho bíblico em sessão legislativa é, no mínimo, proselitista. Mas sigamos adiante.<br />
<br />
Léo Burguês (PSDB), a coxinha da vez (ui!, rimou), apareceu para presidir a plenária. Não ficou nem dez minutos e se retirou, delegando a presidência para o Alexandre Gomes (PSB). Foi uma sessão tumultuada, com vários protestos e gritos - em vários momentos a "Coxinha da Madrasta" foi entoada.<br />
<br />
Vou citar alguns momentos-chave da plenária:<br />
<br />
- Vereador Márcio Almeida (PRP) dando um minuto de silêncio pela morte do Wando;<br />
- Vereador Fábio Caldeira (PSB) sendo firme em dizer que a votação não deveria ser secreta, mas aberta - como em Rio e em São Paulo;<br />
- Vereador Joel Moreira Filho (PTC) dizendo que "o único instrumento para defender a população de BH é o voto secreto";<br />
- Vereador Iran Barbosa (PMDB) dizendo que é hora do Joel Moreira Filho "evoluir" quanto à questão do sigilo.<br />
<br />
Enfim, somente estando lá para sentir a pressão que foi.<br />
<br />
Hei de fazer um aparte aqui por considerar o vereador Leonardo Mattos (PV) por manter a sua posição firme. Eu não concordo em absoluto com a sua posição de querer reajustar o salário, mas pelo menos <b>ele foi homem o suficiente</b> para aguentar a pressão e continuar na sua posição. Firmemente.<br />
<br />
O veto foi mantido por 21 votos a 10. Estavam 36 vereadores presentes - não votaram Edinho "do Açougue" Ribeiro, Toninho Pinheiro (ambos do PT do B), Preto (DEM), Pricila Teixeira (PTB - engraçado que, por mais que seu nome estivesse como "presente" na lista, não a vi em nenhum momento) e Moamed Rachid (PDT, <i>idem ibidem</i>).<br />
<br />
Sim, as redes mobilizadas puderam dar um direcionamento diferente à discussão do reajuste. A população - auxiliada pela grande mídia que anda, ao que parece, querendo ter uma cobertura diferenciada em relação à Câmara - foi um dos pilares da mudança.<br />
<br />
Próximo passo: acompanhar as plenárias de 2012, para ver se nada absurdo irá passar aos nossos olhos.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-67473892077158345272012-02-07T16:44:00.002-02:002012-02-07T16:44:54.612-02:00De coxinhas a chapéusSaiu sexta-feira no Mercado Web Minas.<br />
<br />
<br />
<h2 class="date-header" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: url(https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6QhWRBh_fbO63KZM7zX584CiFPr_2mc2YXsUcmOpCtfnYkOjrv6ub655AMN7Bisvs4oWaNzxZ67Fr_wxPv1y_9ZnxZUGV3vULTP2dnMJrzoe3oTyuiVGf4cY9C11Ko0xfNruTQblXeiRR/s1600-r/IconRed.gif); background-origin: initial; background-position: 0% 50%; background-repeat: no-repeat no-repeat; font-family: Trebuchet, 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 1.5em; padding-left: 16px; text-align: left;">
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012</h2>
<div class="date-posts" style="background-color: white; font-family: Trebuchet, 'Trebuchet MS', Arial, sans-serif; font-size: 13px; text-align: left;">
<div class="post-outer">
<div class="post hentry" style="margin-bottom: 1.5em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 1.5em;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3607516804534103171" name="800117606915436857"></a><br />
<h3 class="post-title entry-title" style="font-size: 17px; line-height: 1.1em; margin-bottom: 0.3em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.3em; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-transform: uppercase;">
<a href="http://mercadowebminas.blogspot.com/2012/01/site-promete-vigiar-os-vereadores-de.html" style="color: black; text-decoration: none;">SITE PROMETE VIGIAR OS VEREADORES DE BELO HORIZONTE</a></h3>
<div class="post-header" style="line-height: 1.3em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div class="post-header-line-1" style="line-height: 1.3em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
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<div class="goog-inline-block dummy-container" style="display: inline-block; line-height: 1.3em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-left: 0.3em; position: relative; vertical-align: top;">
<div id="___plusone_0" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: transparent; background-image: initial; background-origin: initial; border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; display: inline-block; float: none; font-size: 1px; height: 20px; line-height: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; vertical-align: baseline; width: 300px;">
<iframe allowtransparency="true" frameborder="0" hspace="0" id="I1_1328640205223" marginheight="0" marginwidth="0" name="I1_1328640205223" scrolling="no" src="https://plusone.google.com/_/+1/fastbutton?url=http%3A%2F%2Fmercadowebminas.blogspot.com%2F2012%2F01%2Fsite-promete-vigiar-os-vereadores-de.html&size=medium&count=true&width=300&source=blogger&annotation=inline&hl=pt_BR&jsh=m%3B%2F_%2Fapps-static%2F_%2Fjs%2Fgapi%2F__features__%2Frt%3Dj%2Fver%3DabOrF6Iph6c.pt_BR.%2Fsv%3D1%2Fam%3D!uXA1SJUHioGIFdxJYA%2Fd%3D1%2F#id=I1_1328640205223&parent=http%3A%2F%2Fmercadowebminas.blogspot.com&rpctoken=363657135&_methods=onPlusOne%2C_ready%2C_close%2C_open%2C_resizeMe%2C_renderstart" style="border-bottom-style: none; border-left-style: none; border-right-style: none; border-top-style: none; height: 20px; left: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; position: static; top: 0px; visibility: visible; width: 300px;" tabindex="-1" title="+1" vspace="0" width="100%"></iframe></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" style="line-height: 1.3em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 1.3em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-b57r3605k1BsV4X82VRqx65Bt7a0fauvjxv0QI3pdTvW0QKThfND8lxc81uyS-thAZTHM8ifrGOoAKIBcF4RiPaOR7QbPyDpwrcxEqMucKhsotSMXLNMsj_SbLLMZi16RmA9IZGnu2A/s1600/veto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; color: #f00000; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-b57r3605k1BsV4X82VRqx65Bt7a0fauvjxv0QI3pdTvW0QKThfND8lxc81uyS-thAZTHM8ifrGOoAKIBcF4RiPaOR7QbPyDpwrcxEqMucKhsotSMXLNMsj_SbLLMZi16RmA9IZGnu2A/s320/veto.jpg" style="border-bottom-color: rgb(0, 0, 0); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-image: initial; border-left-color: rgb(0, 0, 0); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(0, 0, 0); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(0, 0, 0); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; padding-bottom: 4px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 4px;" width="204" /></a></div>
No ar desde o dia 1º de fevereiro, o site <a href="http://www.naovaiderrubar.com/" style="color: #f00000; text-decoration: none;">www.naovaiderrubar.com</a> pretende controlar os vereadores de Belo Horizonte. A iniciativa visa fazer com que o veto do prefeito Márcio Lacerda (PSB) ao projeto de aumento salarial de 61,8% dos vereadores da capital seja mantido. Isso porque os parlamentares municipais pretendem realizar nova votação, dessa vez secreta, deburrando o veto do prefeito.<br />
<br />
Apesar de se auto intitular um movimento apartidário e do site não mencionar quem ou qual empresa o mantém, a newsletter sobre o site foi enviada por Saulo Azevedo, da <a href="http://www.turmadochapeu.com.br/" style="color: #f00000; text-decoration: none;">Turma do Chapéu</a>, braço extra-oficial da Juventude do PSDB mineiro.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; line-height: 1.3em; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyjryqzYHog_vapGNOVL6l7eK5SjJK2q_EtmPq7bWEvWt4yTnOQ30GYp1cJn0iVv9C8bc_GTFvS2MxF5pDDpDca1_VLPj8DCnRyXJ54L0J4ZTSJB0fBlj5_6BCuUUjJBReBbAMVibI5Ak/s1600/news_chapeu.jpg" imageanchor="1" style="color: #f00000; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration: none;"><img border="0" height="143" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyjryqzYHog_vapGNOVL6l7eK5SjJK2q_EtmPq7bWEvWt4yTnOQ30GYp1cJn0iVv9C8bc_GTFvS2MxF5pDDpDca1_VLPj8DCnRyXJ54L0J4ZTSJB0fBlj5_6BCuUUjJBReBbAMVibI5Ak/s400/news_chapeu.jpg" style="border-bottom-color: rgb(0, 0, 0); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; border-image: initial; border-left-color: rgb(0, 0, 0); border-left-style: solid; border-left-width: 1px; border-right-color: rgb(0, 0, 0); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; border-top-color: rgb(0, 0, 0); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; padding-bottom: 4px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 4px;" width="400" /></a></div>
<br />
Estaria o PSDB mineiro deixando Léo Burguês, do mesmo partido, de lado? Ou, com a iniciativa, o partido quer dar mais visibilidade para o veto de Lacerda, pré-candidato à reeleição que conta com o apoio do PSDB?<br />
<br />
Tirando a questão partidária de lado, a iniciativa é interessante, pois é mais um canal que dá voz ao cidadão. O site conta com notícias sobre o andamento das votações, informações sobre os vereadores e um abaixo-assinado contra o aumento.</div>
</div>
</div>
</div>
<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-63691981990566488882011-09-28T23:17:00.002-03:002011-09-29T08:33:42.605-03:00Centro de Referência da Juventude de BH: uma crítica<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Bom... Esse assunto tem rendido uma boa discussão. Quem está diretamente envolvido com as conversas sobre as Juventudes de BH, sabe que o Centro de Referência é um assunto que tem gerado controvérsia.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em diversos encontros que tive com lideranças governamentais, foi-me assegurado que esse Centro seria um espaço de fomento à diversidade artística e cultural do jovem da região metropolitana. Com um orçamento de construção previsto de R$ 15 milhões, o CRJ ficaria situado onde hoje é o Miguilim (entre o Viaduto da Floresta e a Praça da Estação, no centro de Belo Horizonte). </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Pois bem. Faço uma crítica no que se refere à construção desse "centro" e na estratégia de se tentar "centralizar" as atividades juvenis que se encontram pulverizadas - e muitas vezes pouco incentivadas, sendo feitas NA TORA - tentando alocá-las em um espaço. É simples, não precisa de desenho.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Nossa Prefeitura e nosso Governo do Estado têm um pequeníssimo defeito: de chegar impondo demandas e, quando são demandados, de se vangloriarem por executarem tais feitos, que eram ânsia da sociedade civil. Não é o caso do CRJ, que foi um projeto aprovado na Conferência Municipal de Juventude de 2008, salvo engano. Mas vou-lhes ser sincero: o modelo de conferência como espaço de participação que estamos utilizando é defasado: reúnem-se vários jovens (inclusive, muitos com <b>idade inferior</b><i style="font-weight: bold;"> </i>ao permitido no regulamento) que estão pouco situados das questões discutidas, que não foram levados a pensar as questões que estão na mesa e que estão lá apenas para cumprir a tabela do Estado como "olha só, a conferência deu quórum". A tática dos "ônibus lotados" ainda impera - e foi em uma conferência dessa que saiu a aprovação do Centro de Referência. Fico em dúvida quanto à real efetividade de um sistema de participação como esse - e das demandas que de lá saem, mesmo as que são arduamente discutidas. Mas deixo isso para outro momento.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Você me perguntaria se "esse centro não seria coisa boa". No nosso momento atual, <b>negativo.</b></span><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span></b><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em Belo Horizonte, priorizou-se a cultura da descentralização para poder levar aos bairros mais afastados a possibilidade de nesses locais ocorrerem apresentações artísticas, culturais, momentos educacionais etc. Estou falando dos <b>Centros Culturais</b> - como o do São Bernardo, do Urucuia, da Vila Marçola etc. São espaços que foram pensados para descentralizar as ações culturais e dar oportunidade à comunidade de mostrar o seu potencial e de ver coisas novas. Só que temos que lembrar que quem está "dirigindo" o bonde do 1212 não é uma pessoa sensível às causas da cidade, mas, sim, um senhor deveras preocupado com <b>metas</b>. Típico comportamento empresarial que é nefasto à uma cidade que tem necessidades diversas. A situação dos Centros Culturais não é a das melhores - são 33 centros espalhados pela cidade, que contam com um orçamento de mais ou menos R$ 100 mil. <b>Para os 33 centros!</b> </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ainda que haja essa falta de grana nos Centros Culturais, existe uma galera que se apropria desses espaços, mobilizando o seu lugar para frequentar o equipamento. As juventudes não têm um viés hierárquico de organização - é tudo na horizontalidade, na colaboratividade, presente nos diversos coletivos que vemos por aí. A concepção do Centro de Referência, no entanto, como me explicaram as fontes ligadas ao Governo Anastasia de Minas Gerais, seria de um grande <i>hub</i>, que a partir dessa estrutura as demais seriam fomentadas - o que cabe dizer, por extensão, que os demais Centros Culturais ficariam interligados com o Centrão. Sendo o Centrão esse grande <i>hub</i>, pensem numa analogia com a informática: se não chega o sinal da internet no seu roteador, todos os computadores que estão a ele ligados cairão (caso estivessem conectados). Por conseguinte: conceber o CRJ como um<i> </i><b><i>difusor de demandas</i> </b>pode atravancar os demais Centros Culturais, como pode culminar no seu <b>sucateamento definitivo</b> - oras, se o Centrão é tão melhor que o meu Centrinho, para que eu vou fazer as coisas aqui se posso fazer lá? Um fator positivo é que podem ser reunidos jovens de vários lugares, mas mais negativo é você realizar uma ação que implique na quebra de um processo anterior, conquistado a duros suores.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(Não, eu não vou comparar o CRJ daqui com o CRJ de São Paulo, que foi a inspiração direta e imediata para a ideia ser implementada aqui. São Paulo e Belo Horizonte vivem realidades diferentes, não cabe comparar. Por mais que a ideia do Centro de Referência daqui seja um puro <b>Ctrl C + Ctrl V </b>do de Sampa.)</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O que seria mais lógico em um momento como este: investir uma grana em um provável equipamento que, caso não seja bem gerenciado, vire um monumental <b>elefante branco</b> ou estimular as ações e os centros já existentes em todas as nove regionais da cidade? O Centrão é uma obra a olhos vistos, os centrinhos são mais localizados e interferem mais diretamente nas suas respectivas comunidades.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A ação agora é: já que a Prefeitura instalou 33 centrinhos, não seria bom torná-los independentes e interligados? Não seria esse o real conceito de rede, em vez de um difusor central que vai irrigar água para os outros pontos? E se o difusor falhar, quem vai irrigar?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sobre o Centro de Referência da Juventude, teremos uma <b>audiência pública</b> sobre o projeto. Dia 19 de outubro, 4a feira, 13h30, na Câmara Municipal de BH - Av. dos Andradas, 3.001, Santa Efigênia. É para todos irem.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>UPDATE: </b>digitando "centro de referência da juventude bh" no Google, a primeira opção que aparece é o site da <a href="http://www.contatocrj.org.br/index_flash.html">ONG Contato</a>.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-71608181098039648922011-09-04T10:53:00.000-03:002011-09-04T10:58:32.190-03:00BHTRANS e Prefeitura abrem portas e janelas para o transporte particular<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<b>AGÊNCIA PEDREIRA </b>- A empresa de transporte urbano de Belo Horizonte, também conhecida como BHTRANS, caminhou mais um passo para a consolidação do transporte particular e individual em Belo Horizonte. No último dia 1º de setembro, os quadros de horários das linhas da capital foram modificados.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Segundo fontes ouvidas pela <b>Agência Pedreira de Notícias (APN)</b>, tal alteração nos quadros resultou na redução da quantidade de ônibus que circulam nos horários de pico. "A empresa quer, sistematicamente, reduzir os horários para que haja mais veículos particulares circulando pela cidade", informou a fonte. Outro fator para a modificação é o prejuízo que as empresas estão tendo. "O lucro delas, que costumava ser de 80%, passou para 79,99%. É uma sacanagem, visto que são essas empresas que mantém o transporte vivo e circulante", falou uma fonte ligada ao Consórcio Dom Pedro II, composto por mais de dez concessionárias.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Em vigor desde o final do ano passado, a contínua reestruturação dos
horários tem em vista a redução dos espaços vazios nos coletivos da
cidade. Apurações da APN concluem que mais de cinco reduções foram
realizadas, contemplando 1,5 milhão de usuários de carros particulares.
"Claro que tem que reduzir os ônibus na cidade; tem muito ônibus e,
assim, só consigo andar pela cidade de helicóptero", observou o
empresário Carlos Teixeira, proprietário de uma concessionária.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Tal
medida, de certa forma, dialoga com a diretriz do atual administrador
da cidade, sr. Márcio Lacerda, de fomentar o transporte <a href="http://www.hojeemdia.com.br/minas/taxi-de-luxo-tera-as-mesmas-tarifas-do-servico-normal-1.329991">por meio de táxis de luxo</a>.
"Dez táxis desse podem substituir um coletivo vazio; daí, vamos
investir para que haja mais táxis pela cidade e menos ônibus", afirma o
gestor público.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGk1bEd2oeAH6ORleHiLGq5Sz-D1jQ1mNpm7hc81Cueoa91088CpH2aT_mzuet2c4RAapEEOKf7qcWYM4hjfEE-AR9srn28CCWwtLDGJ0-mFlGLNF3-r-VHck8rPT1Oclzq1H8hUy28U/s1600/onibus-cheio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWGk1bEd2oeAH6ORleHiLGq5Sz-D1jQ1mNpm7hc81Cueoa91088CpH2aT_mzuet2c4RAapEEOKf7qcWYM4hjfEE-AR9srn28CCWwtLDGJ0-mFlGLNF3-r-VHck8rPT1Oclzq1H8hUy28U/s400/onibus-cheio.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ônibus do sistema público de transporte de BH - provavelmente o 2004. Menos espaço, mais calor humano. Foto: Divulgação BHTRANS</td></tr>
</tbody></table>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<b>Calor humano</b></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
Alguns usuários do transporte público aprovam a medida. "É bom, porque aí o calor humano no ônibus aumenta e, quanto tem aqueles dias frios, todo mundo fica mais juntinho um do outro", confessou Claudemir Agostinho, 37 anos, cobrador. "Vamos rodar com mais gente no carro, o que vai contribuir para a interação entre as pessoas", afirmou Antônio Augusto, 59, motorista.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<a href="http://ahcidade.com/2011/04/o-prefeito-em-um-onibus/">Conforme relatado pelo site Ah!Cidade</a>,
aumentar a quantidade de ônibus é aumentar o caos. “Não faz sentido
aumentarmos a frota, pois mais carros nas ruas significam maior disputa
por espaço e, consequentemente, mais congestionamento”, afirma Raquel
Gontijo, gerente de operações da BHTRANS.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
"A nossa principal intenção é diminuir os espaços vazios dentro do coletivo. Fazendo com que o horário seja reduzido, trabalharemos para que o transporte trabalhe em sua capacidade máxima, gerando menos ônus para as empresas concessionárias", ponderou Ramon César, presidente da BHTRANS, administrador que trabalha com metas de "mais produtividade, menos ociosidade". "Haja vista que, nos horários de pico, ainda havia espaços vazios dentro dos coletivos, promovemos [BHTRANS, Prefeitura e consórcios] uma 'reestruturação' que irá adequar os espaços antes ocupados pelo vento ou pelo vazio", completou.</div>
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-66491153923008203262011-07-31T22:14:00.000-03:002011-07-31T22:14:58.957-03:00Política do NÃO!<div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i><a href="http://movimentonovacena.wordpress.com/2011/07/30/politica-do-nao-artigo-de-marcello-castilho-avellar-no-caderno-pensar-do-jornal-estado-de-minas-de-30-de-julho/">Artigo de Marcelo Castilho Avelar no caderno Pensar - jornal Estado de Minas, 30/07/2011.</a> Grifos nossos.</i></span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlKfwnuCccm9871rJTPXjvG0A2PDlnekk9aR0FaeB7wm4MRmHNgOuZQMfi6T6c6BTym3yn3DGmKFNHGCzXfgQAhEprBMzMhSMt8LB5EgnlwhQVbbOQniAvx_QUVLDUGZkAvH6KI_Vd34Ue/s1600/dinheiro-nao-aceita-desaforo-saia-do-vermelho-38-37.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" height="242" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlKfwnuCccm9871rJTPXjvG0A2PDlnekk9aR0FaeB7wm4MRmHNgOuZQMfi6T6c6BTym3yn3DGmKFNHGCzXfgQAhEprBMzMhSMt8LB5EgnlwhQVbbOQniAvx_QUVLDUGZkAvH6KI_Vd34Ue/s320/dinheiro-nao-aceita-desaforo-saia-do-vermelho-38-37.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 17px;">A Fundação Municipal de Cultura anunciou, recentemente, sua decisão de não mais realizar o Prêmio Literário Cidade de Belo Horizonte, o mais antigo do gênero no Brasil. O anúncio só ocorreu depois que alguns intelectuais de Minas pressionaram o órgão para ter uma posição sobre o assunto. Houve também a informação de que a decisão fora tomada depois de consulta a uns poucos notáveis, que haviam opinado sua discordância quanto ao formato da premiação. Na decisão, na forma como se chegou até ela e no descaso com a informação ao público, temos exemplos incômodos de como a atual administração de BH vem tratando as questões da cultura.</span></div><div style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 17px;"><br />
</span></div><br />
<div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">A primeira coisa que salta aos olhos é: foi estabelecida uma <b>política do “não”</b>. Os órgãos culturais do município parecem saber exatamente o que não pretendem fazer. O problema é que <b>nunca propõem algo para substituir o que cancelam, suspendem, adiam</b>. O prêmio Cidade de Belo Horizonte não é o primeiro exemplo disso. <b>Soubemos, nos últimos três anos, que a prefeitura não queria eventos culturais na Praça da Estação, não queria o FIT em 2010, não quer as tribos do hip-hop debaixo do Viaduto de Santa Tereza</b>. O não, às vezes, é expresso não em palavras, mas nas omissões: são os recursos que deveriam constar no orçamento do município, mas não são incluídos nele, e sua ausência que resulta no sucateamento dos centros culturais regionais, ou no adiamento eterno da reforma do Teatro Francisco Nunes.</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">Quer dizer, então, que a prefeitura e a fundação não agem? Agem. Mas só quando pressionadas. Foi assim há poucos dias, com o decreto que declarou de utilidade pública para fins de desapropriação o imóvel do antigo Cine Santa Efigênia, onde funcionava o Lapa Multshow. A perda do prédio estava anunciada há meses. A prefeitura preferiu fingir que não era com ela. Só com pressão violenta da comunidade, principalmente dos agentes culturais, decidiu agir, talvez tarde demais, pois a demolição interna do edifício já fora iniciada. Outros exemplos recentes dessa posição reativa foram a implantação do Conselho Municipal de Cultura, arrancada a fórceps por pressão das entidades nos gabinetes e de manifestação nas ruas, e a realização do FIT 2010, que a fundação desejava cancelar. É como se o poder público só tivesse agenda negativa, a agenda positiva surgindo apenas do desgaste político.</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">A verdade é que a política cultural que vem sendo conduzida pela administração municipal parece temer as ruas. Quando não tem certeza se deve abolir algum programa, convoca notáveis e toma as decisões em gabinete. Foi assim com o Prêmio Cidade de Belo Horizonte, como se a questão fosse relevante apenas para algumas pessoas, e não para toda a classe dos trabalhadores na cultura ou toda a comunidade. No FIT 2010, o argumento foi o mesmo: assessores da fundação para o evento haviam recomendado seu adiamento para 2011, e com essa recomendação, pelo visto, não seria necessário conversar com a sempre turbulenta categoria teatral. Deu no que deu: manifestação popular na frente da entidade, a realização do festival na marra, contra a vontade da autoridade que tinha a obrigação de promovê-lo.</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;">O pior de tudo é que se tenta acobertar todas essas péssimas formas de gerenciamento de órgãos públicos com o silêncio. Se dependesse da Fundação Municipal de Cultura, o cancelamento do Prêmio Cidade de Belo Horizonte ocorreria sem ninguém ficar sabendo. Simplesmente ele não existiria num ano, nem no ano seguinte, nem nunca mais. Mas os escritores atrapalharam essa estratégia de tentar minimizar, pelo silêncio, o desgaste que poderia resultar da decisão. No caso do FIT, o cancelamento foi anunciado, mas apenas como detalhe menor numa entrevista coletiva convocada para tratar de outro assunto.</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font: normal normal normal 12px/17px Verdana; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 5px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; font-size: small;"><b>É política ineficaz pela inércia e a reatividade; destruidora pela maneira como diz “não” sem propor alternativas; e elitista pelo apego à conversa de pé de ouvido e à decisão de gabinete.</b> Navega, portanto, na contramão da modernidade da administração pública, que demanda ações transparentes, eficientes, propositivas e participativas. Por causa de tudo isso, <b>a administração cultural de Belo Horizonte, em vez de ajudar a comunidade a construir sua versão do século 21, parece estar nos conduzindo de volta ao século 18</b>.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-32248968001379821152011-07-11T10:20:00.001-03:002011-07-11T10:22:14.848-03:00Articulação #ForaLacerda<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não, não é mais um movimento. Não é um aglomerado de jovens e juvenis que, dizem, fazem "obaoba" por causa da gestão municipal do sr. Márcio Lacerda. <i>The hole is deeper than 6 feet.</i></span><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></i><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Há uma articulação acontecendo nas virtualidades da internet que agora ganha o campo físico. Autointitulado "Fora Lacerda", o movimento aglutina demandas de diversas camadas da sociedade descontentes com a austeridade exagerada do empresário-gestor. "Não acredite em mim", mas <a href="http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_noticia.php?codNoticia=9360">na Fórum</a>. A notícia é do dia 30, e chamava para um evento pontual. Entretanto, considere as demandas levantadas.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">As reuniões do movimento já têm acontecido. Várias frentes já foram elencadas. E, como eu disse, não é só um "bando de badernistas" que está por trás disso, mas a classe AB do bairros Santa Lúcia, Sion e Cruzeiro; a Feira Hippie; o setor da educação municipal; e por aí vai.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>Lançado em Belo Horizonte o movimento "Fora Lacerda"</b></span></i><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 20px;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Começa a ser articulado, via Facebook, um movimento que pede o impeachment do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), homem de confiança de Aécio Neves também apoiado por setores do PT. A primeira reunião ocorrerá neste sábado, 02 de julho, às 11h, na Praça da Estação. Márcio Lacerda, apesar de ter ampla maioria na Câmara de Vereadores, vem enfrentando crescentes críticas pela truculência da Guarda Municipal, medidas higienistas como o <a href="http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/05/31/interna_gerais,230941/prefeitura-de-bh-apressa-obras-para-a-copa.shtml" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">confisco</a> das posses dos moradores de rua, a proibição de manifestações públicas, o despejo de moradores, o projeto de demolição de um dos marcos da cidade (o <a href="http://www.vivendonocruzeiro.blogspot.com/" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">Mercado Distrital</a> do Cruzeiro), a venda de ruas para a especulação imobiliária e, mais recentemente, a <a href="http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1053314" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">entrega</a> da presidência do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo a seu filho, Tiago Lacerda. A <a href="http://t.co/o6IpQN4" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">página do protesto</a> no Facebook continua recebendo adesões. </span></i></span><br />
<br />
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: block; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O movimento pelo impeachment de Márcio Lacerda pretende, com essa primeira reunião, começar a acumular forças para um grande ato que realizaria em 31 de outubro. O protesto foi puxado por Tomás Amaral, morador do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, membro do coletivo Criarte, e autor de um relato sobre o assassinato de um morador por polícias militares em fevereiro. Mais de 4 mil pessoas já aderiram ao protesto no Facebook.</span></i></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: block; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Já consolidado na internet está o movimento <a href="http://www.salveamusas.com.br/" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">Salve a Rua Musas</a>, que protesta contra a venda de 1.700 metros quadrados de espaço público que separam dois terrenos pertencentes à Tenco CBL-Serviços Imobiliários S.A. A venda possibilitaria a construção de um hotel de luxo na área e transformaria o restante da rua num beco fechado pelo prédio. A rua se localiza nas imediações de um maiores gargalos de tráfego da região metropolitana de Belo Horizonte, nas imediações do BH Shopping. Os moradores se mobilizaram e criaram um blog, que já sofreu um processo judicial da Tenco, que solicitava a remoção da página. A 5ª Vara Cível de Belo Horizonte só concedeu à construtora uma liminar que determinava a remoção de alusões a ela na página, medida já acatada pelos responsáveis pelo blog. O movimento “Salve a Rua Musas” também tem perfil <a href="http://twitter.com/SalveaRuaMusas" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">no Twitter</a>.</span></i></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: block; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A relatora especial da ONU para a Moradia Adequada, <a href="http://raquelrolnik.wordpress.com/" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">Raquel Rolnik</a>, incluiu a capital mineira entre as cidades que estão realizando despejos forçados que estariam violando os direitos humanos. Em resposta, o presidente do Comitê Executivo Municipal da Copa do Mundo e filho do prefeito, Tiago Lacerda, afirmou: “O que ela falou para a gente, não vamos nem considerar”.</span></i></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: block; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O local dos protestos deste sábado, a Praça da Estação, já foi alvo de outras manifestações contra o prefeito, batizadas de “<a href="http://pracalivrebh.wordpress.com/" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">Praia da Estação</a>”. Desde 2010, vestidos de roupas de banho e munidos de esteiras, cangas e outros apetrechos praianos, cerca de 200 estudantes ocuparam a Praça durante os finais de semana, em protesto contra o decreto municipal nº13.798 de dezembro de 2009, que proíbe a realização de eventos de qualquer natureza no local. O movimento é oficialmente ignorado pelo prefeito, mas nos bastidores preocupa Lacerda e seus aliados, que veem crescer na internet as páginas de <a href="http://arrumaestabaguncaastrogildo.wordpress.com/2011/06/14/o-dono-do-iate/" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">protestos</a> e <a href="http://www.trezentos.blog.br/?p=4482" style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #990000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: underline;" target="_blank">críticas</a> contra sua administração. Movimento semelhante para tirar do cargo a prefeita de Natal, Micarla de Souza (PV), começou timidamente nas redes sociais e rapidamente ganhou milhares de adeptos.</span></i></div><div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: black; display: block; line-height: 20px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Profissionais da imprensa mineira tentaram noticiar a realização do ato Fora Lacerda deste sábado, mas foram silenciados pelo prefeito, no que já é uma característica conhecida das relações entre o Poder Executivo mineiro e a mídia, e que Márcio Lacerda agora transplanta também à prefeitura.</span></i></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-39383695058295979712011-06-13T11:25:00.007-03:002011-06-13T11:25:00.317-03:00Arrependimento<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ouvi de uma fonte por esses dias:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A grana gasta na construção da Cidade Administrativa daria para construir <b>toda a malha metroviária de Belo Horizonte</b>. R$ 1,4 bi.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A fonte também considera absurdo o BRT, sistema paliativo que a Prefeitura de Belo Horizonte reverbera como "A" solução, custar 10% do que custaria o metrô. Como assim ônibus articulados e todas as obras de desapropriação darão ônus de 104 milhões de reais, questionou a fonte.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O meu contato ainda disse que, por causa dos excessivos gastos com a CA, haveria pessoas arrependidas de tê-la construído. </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-88281464615915033862011-06-09T12:34:00.001-03:002011-06-09T12:36:24.957-03:00Uma Prefeitura que não ouve<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Há alguns meses, acho que desde o ano passado, eu tenho tido uma discussão desacertada com a Prefeitura de Belo Horizonte em seus perfis nas redes sociais, principalmente no Twitter. E não sou o único neste discurso.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Na contramão do que supostamente desejamos de um órgão público - que é transparência e presteza nas respostas quando perguntamos algo -, a <a href="http://twitter.com/pbhonline">@pbhonline</a> - perfil da PBH no Twitter - resigna-se à insignificante tarefa de divulgar as benesses por ela cometida. Contato que é bom, somente via Fale Conosco - que também não é uma instância funciona, explico abaixo.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Há alguns dias, eu venho percebendo a evasão d'<a href="http://twitter.com/pbhonline">@pbhonline</a> em responder algumas de nossas questões via Twitter. Diferente do perfil <a href="http://twitter.com/governomg">@governomg</a>, do Estado, que me respondeu depois de mencioná-lo em um post, parece a PBH estar surda, muda e cega para nossos reclames nessa mídia social. E isso somente contribui para com a nossa antipatia a essa gestão atual.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Pelo Twitter, a PBH convidou os seus seguidores a curtirem a sua página no Facebook. Indaguei se haveria algum tipo de interação por lá, já que no Twitter não havia nada do tipo. A resposta veio por Mensagem Direta, escondida, nada transparente - que disponibilizo aqui:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>"Prezado, para contato com a PBH, solicitar respostas e informações, o Sr. pode acessar os canais do Fale Conosco do site que é o mecanismo disponível ao cidadão exclusivamente para esse propósito. Estamos à disposição para qualquer outra orientação. Clique no link a seguir para acessar o Fale Conosco: http://ow.ly/563EG Att"</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Me mandou ir ao Fale Conosco. Em vez de flexibilizar na comunicação com o cidadão, prefere continuar com essa absurda e burra burocracia contra tempos de web 2.0/3.0. Uma seguidora mencionou que não adiantava nada o Fale Conosco, que ninguém sabe dar o encaminhamento certo, e que na ouvidoria da PBH ninguém responde. (Concordo, enviei à Ouvidoria uma solicitação no mês de abril - já estamos em junho, e não tive retorno.) </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eis que chegam novas DMs, que eu comento:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>"Prezado, no Fale Conosco existem pessoas de áreas específicas para responderem acerca de assuntos específicos. Naturalmente, em qualquer instituição, pública ou privada, não existem profissionais e atendentes que saibam sobre todos os assuntos. Portanto, orientamos as pessoas que de fato buscam por esclarecimentos, que procurem esses canais específicos. Att, ASCOM-PBH"</i></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Se uma empresa é competente, o setor de Comunicação encaminha ao órgão responsável e dá destino. Eu já trabalhei com isso e sei como funciona. Bem sei que a Ouvidoria não é obrigada a saber de tudo, mas quando não recebemos resposta das nossas demandas, trata-se de uma incompetência generalizada.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O que está ocorrendo é que o perfil @pbhonline está indo na contramão da interatividade midiática. Mesmo outros órgãos públicos - como o Ministério da Cultura (@culturagovbr) estabelecem contatos, esclarecem dúvidas e respondem reclamações VIA TWITTER! E o MinC, como se sabe, não é pequeno. Então, por que a burocracia absurda no contato com a PBH? </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Será medo de o estagiário dar uma resposta inadequada? </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Será que isso revela que a PBH se tornou, depois que o atual prefeito foi eleito, em mais uma empresa que só pensa em lucro e que não quer o retorno de seu cliente?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">As redes sociais </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><a href="http://www.acsmidia.com.br/2011/03/17/midias-sociais-causam-mais-danos-a-marcas-que-procon/">têm causado mais danos que o Procon</a></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O que eu quero que a PBH entenda é que "Fale Conosco" é UM DOS MEIOS para efetuar a Comunicação entre cidadão e órgão público. Se estamos em tempos de seguir interesses e curtir afinidades, por que não fazer como o Governo Federal, que "conversa" com os seus usuários em vários perfis nas redes?</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Então, PBH, depois desse pequeno ensaio, você vai continuar nos ignorando ou prefere adotar uma postura de interação com os seus seguidores? Lembre-se que ano que vem tem eleição - e não queremos nossas timelines lotadas de propagandas de uma gestão que não nos representa - não a mim, pelo menos. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">PBH, ME OUVE!</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-1546212547020523462011-05-30T16:23:00.001-03:002011-05-30T16:34:52.732-03:00Perueiros de volta às ruas<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Uma reportagem que li hoje no site do Estado de Minas me deixou um pouco incomodado do ponto de vista de o quão rasos somos nós, jornalistas, em discutirmos certos assuntos. Principalmente temas "no que se refere" diretamente ao cotidiano do cidadão. Vejam bem.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A <a href="http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/05/30/interna_gerais,230779/perueiro-e-flagrado-em-blitz-no-bairro-joao-pinheiro.shtml">reportagem</a>, parcialmente transcrita abaixo, fala da recorrente incidência de pessoas fazendo transporte dito clandestino de pessoas. Mas quero deixar destacada uma fala, em especial, abaixo grifada.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Um perueiro foi flagrado na manhã desta segunda-feira na Avenida Vereador Cícero Idelfonso [Delta], no Bairro João Pinheiro, Região Noroeste de Belo Horizonte. O soldado aposentado da Polícia Militar (PM), Lourival de Miranda, de 70 anos, foi abordado numa blitz quando transportava clandestinamente, num Santana Quantum, quatro pessoas para Sete Lagoas. Segundo a BHTrans e a PM, os passageiros pagaram R$ 12 para sair do Centro de Belo Horizonte com destino à cidade da Região Central de Minas. </span></i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></i><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>(...)</i><i> o Santana Quantum [carro de Lourival] é totalmente regular. Segundo o coordenador de fiscalização e combate ao transporte clandestino da empresa, Carlos Xavier, os perueiros estão preferindo, cada vez mais, usar carros de passeio para fugir da fiscalização. O carro de Lourival foi para o pátio da BHTrans e o motorista liberado.</i></span><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></i><br />
<i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>A população se arrisca nesses veículos que são verdadeiras afrontas ambulantes à legislação de trânsito, à segurança dos passageiros e aos órgãos de fiscalização. </b>Os perueiros invadiram, além de ruas da Grande BH, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Os transportadores clandestinos que agem no terminal conseguem o licenciamento para continuar transitando com seus veículos, apesar de acumularem uma lista de multas.</span></i><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Aí entra a minha pequena crítica.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O que nós, meros usuários do transporte urbano da Região Metropolitana de Belo Horizonte, podemos considerar como "verdadeira afronta"? Eu digo que, se um perueiro é considerado perigoso pelo transporte não-licenciado de pessoas, assim também é o transporte feito por ônibus supostamente regulado por BHTRANS e DER.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Digo supostamente porque parece que, nas nossas linhas, não há fiscalização. Não falo daqueles babacas da TRANSFACIL (os "Agentes de Gratuidade") que entram e saem dos ônibus apenas verificando se você vai pagar a sua passagem. Esses não contam, eles não verificam se o carro está em boas condições, se o motorista está cumprindo com a etiqueta necessária para a realização de um serviço público ou se a lotação é adequada para que todos fiquem confortáveis.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quem acredita que BHTRANS realiza fiscalização no transporte de Belo Horizonte está mesmo iludido. Não sei se uma empresa que promove reduções drásticas em horários de linhas movimentadas é uma empresa que cumpre algum tipo de ética cidadã. Uma autarquia que é passiva, não resolve e que é sempre questionada "no que se refere" às suas atuações no trânsito não merece muito nossa fé. Assim como o DER, órgão que supostamente vigiaria o transporte metropolitano (os "vermelhões") para conforto, deleite e bom fruir de seus usuários. Ledo engano.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Estamos numa cidade na qual as concessionárias das linhas tratam os usuários como "clientes". Desde um dia que vi um "atenção, clientes da linha 8203", fiquei deveras incomodado, e como isso reflete na relação consumidor-provedor. Porque se uma reunião de pessoas é vista como <b>clientela</b>, esta pode demandar alguns direitos para si - inclusive, de pedir a devolução do dinheiro. Se eu sou <b>cliente</b> de um serviço público (concessionado por grupos de empresas particulares), convém dizer que eu tenho que estar satisfeito, ou receber meu dinheiro de volta. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A população se arrisca em transportes clandestinos não porque ela quer viver a vida perigosamente - se eu morasse no Castanheiras e dependesse do 9030, aí sim eu viveria perigosamente. Eu frequentei por muito tempo o bairro Veneza, em Ribeirão das Neves. E entendo completamente a necessidade de as pessoas que ali moram ou frequentam de precisarem de usar a clandestinidade. O 6260 (antigo 1155) demora para passar; quando passa, vem lotado; se vem lotado, o motorista não para (às vezes, até apagam o letreiro, à noite, para que as pessoas não vejam qual linha que está chegando e não deem sinal); se não para, lá vamos nós esperar o próximo. Uma bola de neve que te faz sair de Belo Horizonte às seis e meia da tarde e chegar em casa três horas depois. </span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O que a pessoa faz? Se tem uma grana, compra um transporte particular. Se não, ou se ensardinha nas latas de ônibus ou parte para os perueiros. Entendem que a situação é muito pior do que simplesmente afirmar que veículos clandestinos são afronta à legislação de trânsito? Se não, esquece; eu não sei desenhar.</span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-85079271632817285832011-05-30T15:45:00.000-03:002011-05-30T15:45:21.699-03:00De volta!<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><b>Os cães ladram, mas a caravana não para.</b></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-89924317305477497322011-02-27T10:31:00.003-03:002011-02-27T10:36:31.082-03:00Monteiro Lobato, Ziraldo e o Racismo.<h3 class="post-title entry-title" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">*Texto retirado do<a href="http://joseluizquadrosdemagalhaes.blogspot.com/2011/02/208-carta-aberta-ao-ziraldo-por-ana.html"> blog</a> do professor José Luiz Quadors de Magalhães. </span></h3><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Carta Aberta ao Ziraldo, por Ana Maria Gonçalves</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Caro Ziraldo,</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Olho a triste figura de Monteiro Lobato abraçado a uma mulata, estampada nas camisetas do bloco carnavalesco carioca "Que merda é essa?" e vejo que foi obra sua. Fiquei curiosa para saber se você conhece a opinião de Lobato sobre os mestiços brasileiros e, de verdade, queria que não. Eu te respeitava, Ziraldo. Esperava que fosse o seu senso de humor falando mais alto do que a ignorância dos fatos, e por breves momentos até me senti vingada. Vingada contra o racismo do eugenista Monteiro Lobato que, em carta ao amigo Godofredo Rangel, desabafou: "(...)Dizem que a mestiçagem liquefaz essa cristalização racial que é o caráter e dá uns produtos instáveis. Isso no moral – e no físico, que feiúra! Num desfile, à tarde, pela horrível Rua Marechal Floriano, da gente que volta para os subúrbios, que perpassam todas as degenerescências, todas as formas e má-formas humanas – todas, menos a normal. Os negros da África, caçados a tiro e trazidos à força para a escravidão, vingaram-se do português de maneira mais terrível – amulatando-o e liquefazendo-o, dando aquela coisa residual que vem dos subúrbios pela manhã e reflui para os subúrbios à tarde. E vão apinhados como sardinhas e há um desastre por dia, metade não tem braço ou não tem perna, ou falta-lhes um dedo, ou mostram uma terrível cicatriz na cara. “Que foi?” “Desastre na Central.” Como consertar essa gente? Como sermos gente, no concerto dos povos? Que problema terríveis o pobre negro da África nos criou aqui, na sua inconsciente vingança!..." (em "A barca de Gleyre". São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1944. p.133).</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Ironia das ironias, Ziraldo, o nome do livro de onde foi tirado o trecho acima é inspirado em um quadro do pintor suíço Charles Gleyre (1808-1874), Ilusões Perdidas. Porque foi isso que aconteceu. Porque lendo uma matéria sobre o bloco e a sua participação, você assim o endossa : "Para acabar com a polêmica, coloquei o Monteiro Lobato sambando com uma mulata. Ele tem um conto sobre uma neguinha que é uma maravilha. Racismo tem ódio. Racismo sem ódio não é racismo. A ideia é acabar com essa brincadeira de achar que a gente é racista". A gente quem, Ziraldo? Para quem você se (auto) justifica? Quem te disse que racismo sem ódio, mesmo aquele com o "humor negro" de unir uma mulata a quem grande ódio teve por ela e pelo que ela representava, não é racismo? Monteiro Lobato, sempre que se referiu a negros e mulatos, foi com ódio, com desprezo, com a certeza absoluta da própria superioridade, fazendo uso do dom que lhe foi dado e pelo qual é admirado e defendido até hoje. Em uma das cartas que iam e vinham na barca de Gleyre (nem todas estão publicadas no livro, pois a seleção foi feita por Lobato, que as censurou, claro) com seu amigo Godofredo Rangel, Lobato confessou que sabia que a escrita "é um processo indireto de fazer eugenia, e os processos indiretos, no Brasil, 'work' muito mais eficientemente". </span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Lobato estava certo. Certíssimo. Até hoje, muitos dos que o leram não vêem nada de errado em seu processo de chamar negro de burro aqui, de fedorento ali, de macaco acolá, de urubu mais além. Porque os processos indiretos, ou seja, sem ódio, fazendo-se passar por gente boa e amiga das crianças e do Brasil, "work" muito bem. Lobato ficou frustradíssimo quando seu "processo" sem ódio, só na inteligência, não funcionou com os norte-americanos, quando ele tentou em vão encontrar editora que publicasse o que considerava ser sua obra prima em favor da eugenia e da eliminação, via esterilização, de todos os negros. Ele falava do livro "O presidente negro ou O choque das raças" que, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, país daquele povo que odeia negros, como você diz, Ziraldo, foi publicado no Brasil. Primeiro em capítulos no jornal carioca A Manhã, do qual Lobato era colaborador, e logo em seguida em edição da Editora Companhia Nacional, pertencente a Lobato. Tal livro foi dedicado secretamente ao amigo e médico eugenista Renato Kehl, em meio à vasta e duradoura correspondência trocada pelos dois: “Renato, tu és o pai da eugenia no Brasil e a ti devia eu dedicar meu Choque, grito de guerra pró-eugenia. Vejo que errei não te pondo lá no frontispício, mas perdoai a este estropeado amigo. (...) Precisamos lançar, vulgarizar estas idéias. A humanidade precisa de uma coisa só: póda. É como a vinha". </span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Impossibilitado de colher os frutos dessa poda nos EUA, Lobato desabafou com Godofredo Rangel: "Meu romance não encontra editor. [...]. Acham-no ofensivo à dignidade americana, visto admitir que depois de tantos séculos de progresso moral possa este povo, coletivamente, cometer a sangue frio o belo crime que sugeri. Errei vindo cá tão verde. Devia ter vindo no tempo em que eles linchavam os negros." Tempos depois, voltou a se animar: "Um escândalo literário equivale no mínimo a 2.000.000 dólares para o autor (...) Esse ovo de escândalo foi recusado por cinco editores conservadores e amigos de obras bem comportadas, mas acaba de encher de entusiasmo um editor judeu que quer que eu o refaça e ponha mais matéria de exasperação. Penso como ele e estou com idéias de enxertar um capítulo no qual conte a guerra donde resultou a conquista pelos Estados Unidos do México e toda essa infecção spanish da América Central. O meu judeu acha que com isso até uma proibição policial obteremos - o que vale um milhão de dólares. Um livro proibido aqui sai na Inglaterra e entra boothegued como o whisky e outras implicâncias dos puritanos". Lobato percebeu, Ziraldo, que talvez devesse apenas exasperar-se mais, ser mais claro em suas ideias, explicar melhor seu ódio e seu racismo, não importando a quem atingiria e nem por quanto tempo perduraria, e nem o quão fundo se instalaria na sociedade brasileira. Importava o dinheiro, não a exasperação dos ofendidos. 2.000.000 de dólares, ele pensava, por um ovo de escândalo. Como também foi por dinheiro que o Jeca Tatu, reabilitado, estampou as propagandas do Biotônico Fontoura. </span><br />
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<span style="font-size: small;">(...) </span></div><a href="http://www.blogger.com/goog_505001995"><br />
</a><br />
<a href="http://joseluizquadrosdemagalhaes.blogspot.com/2011/02/208-carta-aberta-ao-ziraldo-por-ana.html" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">(Continue lendo o texto no blog do professor)</a><br />
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Trecho que chamou a minha atenção:<br />
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<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i>A gente se acostuma, Ziraldo. Como o seu menino marrom se acostumou com as sandálias de dedo: "O menino marrom estava tão acostumado com aquelas sandálias que era capaz de jogar futebol com elas, apostar corridas, saltar obstáculos sem que as sandálias desgrudassem de seus pés. Vai ver, elas já faziam parte dele" (ZIRALDO, 1986,p. 06, em O Menino Marrom). O menino marrom, embora seja a figura simpática e esperta e bonita que você descreve, estava acostumado e fadado a ser pé-de-chinelo, em comparação ao seu amigo menino cor-de-rosa, porque "(...) um já está quase formado e o outro não estuda mais (...). Um já conseguiu um emprego, o outro foi despedido do quinto que conseguiu. Um passa seus dias lendo (...), um não lê coisa alguma, deixa tudo pra depois (...). Um pode ser diplomata ou chofer de caminhão. O outro vai ser poeta ou viver na contramão (...). Um adora um som moderno e o outro – Como é que pode? – se amarra é num pagode. (...) Um é um cara ótimo e o outro, sem qualquer duvida, é um sujeito muito bom. Um já não é mais rosado e o outro está mais marrom" (ZIRALDO, 1986, p.31). O menino marrom, ao crescer, talvez virasse marginal, fado de muito negro, como você nos mostra aqui: "(...) o menino cor-de-rosa resolveu perguntar: por que você vem todo o dia ver a velhinha atravessar a rua? E o menino marrom respondeu: Eu quero ver ela ser atropelada" (ZIRALDO, 1986, p.24), porque a própria professora tinha ensinado para ele a diferença e a (não) mistura das cores. Então ele pensou que "Ficar sozinho, às vezes, é bom: você começa a refletir, a pensar muito e consegue descobrir coisas lindas. Nessa de saber de cor e de luz (...) o menino marrom começou a entender porque é que o branco dava uma idéia de paz, de pureza e de alegria. E porque razão o preto simbolizava a angústia, a solidão, a tristeza. Ele pensava: o preto é a escuridão, o olho fechado; você não vê nada. O branco é o olho aberto, é a luz!" (ZIRALDO, 1986, p.29), e que deveria se conformar com isso e não se revoltar, não ter ódio nenhum ao ser ensinado que, daquela beleza, pureza e alegria que havia na cor branca, ele não tinha nada. O seu texto nos ensina que é assim, sem ódio, que se doma e se educa para que cada um saiba o seu lugar, com docilidade e resignação: "Meu querido amigo: Eu andava muito triste ultimamente, pois estava sentindo muito sua falta. Agora estou mais contente porque acabo de descobrir uma coisa importante: preto é, apenas, a ausência do branco" (ZIRALDO, 1986, p.30).</i></span> </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-33047369426563605422011-02-25T09:46:00.000-03:002011-02-25T09:46:03.833-03:00Todo Mundo Odeia o LacerdaA comoção contra a atual gestão da Prefeitura é tão grande que já se pensa em fazer um grande movimento contra as lambanças de Márcio e seus asseclas.<br />
<br />
No dia 28 às 18h, diversas entidades vão discutir onde e a que horas vai ocorrer o grande ato "Todos Contra Lacerda" - a reunião será na Rua da Bahia, 504, 3º andar. Mas a data da manifestação já está definida: quinta, 3 de março.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-86390419193879769772011-01-22T19:10:00.000-02:002011-01-22T19:10:18.526-02:00Levanta, Serra!<div style="text-align: center;"><br />
<iframe allowfullscreen="" class="youtube-player" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/dtr9Mxf67sk" title="YouTube video player" type="text/html" width="480"></iframe></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-86453341533251260352011-01-18T15:09:00.003-02:002011-01-19T11:27:05.375-02:00Terceiro Eventão da Praia da Estação – 1 ano de Praia - por Luther Blissett<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/_QWRgSYHhZW0/TTXIplHDDxI/AAAAAAAAAvk/L_FSQiA9kR4/s1600/3eventao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/_QWRgSYHhZW0/TTXIplHDDxI/AAAAAAAAAvk/L_FSQiA9kR4/s400/3eventao.jpg" width="373" /></a></div><br />
<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
<br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: medium;">Manifestantes celebram um ano de Praia da Estação</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-small;"><i>O 3º Eventão vem contestar o principado do Curral Del Rei e o Delegado do Estado</i></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-small;"><i>*TEXTO RETIRADO DO GRUPO DE E-MAILS DO MOVIMENTO PRAIA DA ESTAÇÃO. </i></span></span> </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O principal movimento popular de crítica ao governo Marcio Lacerda à frente da Prefeitura de Belo Horizonte comemora um ano com grande festa na Praça da Estação, neste sábado, dia 22 de janeiro. Em comemoração a um ano de Praia da Estação, está sendo preparado o 3º Eventão da Praia da Estação. Algumas presenças já foram confirmadas, entre elas a Escola de Samba Cidade Jardim, o Grupo Trovão das Minas, os Blocos de Carnaval de BH, grupos de percussão, instalações e performances teatrais. Para completar o cenário, um caminhão pipa é contratado para refrescar os banhistas - já que a PBH prefere desligar a fonte nos dias de maior movimento. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Os sábados na Praça da Estação nunca mais foram os mesmos depois que a praça virou praia e foi tomada por banhistas em trajes de banho e com acessórios de praianos. Boias, guarda-sóis, cadeiras de praia, bolas, petecas, bicicletas e até uma prancha de surf são vistos por lá e causam a curiosidade em quem circula pela Praça. Quem se aproxima é logo informado do que se trata e convidado a demonstrar a sua indignação com a má gestão pública de uma forma irreverente e alegre. O movimento ultrapassou a praça para lutar por outras questões, como o processo de higienização que a cidade enfrenta, a limitação de uso de outros espaços públicos, a paralisação de projetos culturais e os preparativos para a Copa de 2014. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A gota d’água para o início do movimento foi a proibição, por meio de um decreto, do uso da Praça da Estação para a realização de eventos em dezembro de 2009. O que se viu a partir daí foi o surgimento de um movimento político, sem partido, democrático e muito criativo, que a cada dia conquista mais gente. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Indignados com algumas medidas da PBH, um grupo de cidadãos, de diversas idades começou a se mobilizar para questionar as decisões de Márcio Lacerda, o “prefeito” que se julga príncipe e que tolhe e proíbe a livre circulação na cidade. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Programação: </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">10h - Praia da Estação </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">13h - Ensaio dos Blocos de Rua do Carnaval </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">16h- Trovão das Minas </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">17h- Bateria da Escola de Samba da Cidade Jardim </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">+ Performances e Intervenções </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Serviço </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Terceiro Eventão da Praia da Estação </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Venha e traga sua toalha, seu instrumento musical e tudo o que o que puder encher a praia de cor! </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Sábado, 22 de janeiro, 10h </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Praça da Estação </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">OCUPE A CIDADE! </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Informações para a imprensa: </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Dani (Trovão das Minas): 9649-7059 </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Lee (GRES Cidade Jardim): 9857-5345 </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Rafa: 9624-8813 </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Luiz: 9791-4493 </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Fidélis: 8846.7932 </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">DIVULGUEM!</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Praça Livre BH</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">twitter.com/pracalivrebh</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">pracalivrebh@gmail.com</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-72569930438797580512011-01-05T11:17:00.000-02:002011-01-05T11:17:32.456-02:00Desapropriar para expandir<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Via Facebook, <a href="http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2011/01/04/interna_politica,201585/pbh-autoriza-desapropriacoes-para-construir-anexo-da-camara-municipal.shtml">chega a seguinte nota</a>:</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) autorizou, <b>por meio de decreto assinado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB)</b>, a desapropriação imediata de seis terrenos para a construção de um anexo da Câmara Municipal e a <b>ampliação do estacionamento privativo dos vereadores e servidores do legislativo da capital</b>. O anúncio, decretando de utilidade pública os imóveis localizados nas ruas Tenente Anastácio Moura e João Ribeiro, do lado direito da entrada principal da Câmara, no Bairro Santa Efigênia, foi publicado na edição de 29 de dezembro do Diário Oficial do Município (DOM), a pedido da Mesa Diretora da Casa.</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><br />
</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Pelo decreto, as desapropriações poderão ser feitas mediante acordo ou processo na Justiça. Atualmente, a Câmara Municipal abriga cerca 1,5 mil servidores, entre efetivos, estagiários, comissionados e terceirizados <b>em um confortável prédio de três andares</b>, dividido em dois blocos. Cada um dos 41 vereadores tem direito de nomear até 12 assessores em cada gabinete. <b>A verba pública para custear as expansões não foi divulgada</b>. Donos dos imóveis citados no decreto, porém, estão indignados com a iniciativa e não aceitam sequer sentar na mesa para negociar possíveis valores de indenização das desapropriações.</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><br />
</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><b>Defensor da obra, o novo presidente da Câmara de BH, vereador Léo Burguês (PSDB)</b>, informou ontem que <b>já vai contratar uma empresa para fazer os projetos de engenharia e arquitetura do prédio e do estacionamento</b>. Depois de pronto, o empreendimento será executado pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). A intenção é que o espaço possa ser usado para a construção de novos gabinetes de vereadores. De acordo com o tucano, dentro de cinco anos o número de parlamentares deve aumentar em razão do crescimento populacional da capital, conforme interpretação da Constituição pelo Supremo Tribunal Federal (STF).</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Porra, Lacerda! Mais um DECRETO??</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vou falar é nada. Já temos o Burguês na Câmara. Inferno pior não há. </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-41182793295983908932011-01-03T10:15:00.000-02:002011-01-03T10:15:06.495-02:00Parabéns pro Lacerda<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Depois de um mês e meio de ausência - "férias forçadas", digamos assim -, o blog retorna em 2011. Já analisando algumas coisas que aconteceram no último mês de 2010.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Uma delas, a mais polêmica de todas e que encerrou o ano com "chave de ouro". Uma pesquisa do DataFolha elencou Márcio Lacerda como o melhor prefeito dentre oito capitais pesquisadas. <a href="http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=159111,OTE">Matéria do <b>O TEMPO</b></a>:</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO7CYSJPwbHTeIxBchl938K8P828v6CMGj-5WW-fdg-MegKxCh9iVlv22_dv-733TwqPd_gFkR3ANj3aRLXYtxOT-nkx2mqbF55fDPoh2ejdcepaefen3DYrkMDTfPEPDEQBZBAcEGLoM/s1600/marcio-theoden-lacerda.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO7CYSJPwbHTeIxBchl938K8P828v6CMGj-5WW-fdg-MegKxCh9iVlv22_dv-733TwqPd_gFkR3ANj3aRLXYtxOT-nkx2mqbF55fDPoh2ejdcepaefen3DYrkMDTfPEPDEQBZBAcEGLoM/s200/marcio-theoden-lacerda.jpg" width="200" /></a></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), foi o mais bem avaliado dentre os prefeitos de oito capitais, segundo pesquisa DataFolha, divulgada ontem. Realizado entre os dias 17 e 19 de dezembro, o levantamento apontou que 54% dos moradores da capital mineira consideram a gestão de Lacerda ótima ou boa e apenas 10% a consideram ruim ou péssima. A nota média dada a Lacerda, de zero a dez, foi 6,6.</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><br />
</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>O prefeito de <b>Curitiba</b>, Luciano Ducci (PSB), ficou em segundo lugar, com nota 6,5. José Fortunati (PDT), de <b>Porto Alegre</b>, recebeu 5,9 de nota da população, e Eduardo Paes (PMDB), prefeito do <b>Rio de Janeiro</b>, 5,8. Todos os quatro estão em primeiro mandato. Em quinto lugar no ranking, vem o prefeito reeleito de <b>São Paulo</b>, Gilberto Kassab (DEM), com nota média de 5,4.</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se não, vejamos: <a href="http://pedreiranavidraca.blogspot.com/2010/03/fit-2010-des-cancelado.html">quiproquó do FIT</a> + proibição de eventos na <a href="http://pedreiranavidraca.blogspot.com/2010/01/praia-da-estacao.html">Praça da Estação</a> + realização de eventos com praças públicas fechadas e cercadas, gerando uma <a href="http://pracalivrebh.wordpress.com/2010/12/16/carta-aberta-a-marcio-lacerda/">moção de repúdio até da tia do prefeito</a> + diminuição da quantidade de viagens nos ônibus coletivos + obras que não satisfazem ao anseio popular (para que a construção daquele viaduto na Lagoinha?) + a desistência da procura por um transporte de qualidade e eficiente, implantando o BRT como paliativo e esquecendo de lado o metrô + medidas obreiras que contribuirão com as cheias do Arrudas e do Onça (a continuação do Boulevar Arrudas e a Linha Verde) = um bom "prefeito. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Parabéns, Lacerda! Conseguiu mais uma vez manter BH sem a expansão do Metrô, fazendo acordo com os empresários dos ônibus. BRT não vai aguentar a pressão, porque Belo Horizonte é <b>bem maior </b>que Curitiba.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Parabéns, Lacerda, por dobrar o preço do Restaurante Popular. Subsídio zero a quem tem fome.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Parabéns, Lacerda, por ter uma diretoria incompetente na Fundação Municipal de Cultura, fazendo com que o FIT fosse cancelado e, depois, des-cancelado. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Parabéns, Lacerda, por diminuir a verba para a educação e <a href="http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/noticias/economia-e-negocios/publicidade-da-prefeitura-de-bh-crescera-8-vezes-1.210253">aumentar em <b>oito vezes </b>a verba para publicidade (de R$ 4 milhões a R$ 32 milhões</a>). Propaganda é a alma do negócio, e a cidade faz parte dele. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> Parabéns, Lacerda, por sortear bolsas de escolas particulares, mas não investir na educação básica. Tudo bem que a tarefa constitucional de um município é deste se preocupar até o nono ano do Ensino Fundamental. Mas veja o tamanho da cidade: será que haveria como o Estado de Minas Gerais aguentar toda a demanda do Ensino Médio? Faltou um pouquinho só de bom-senso. Só um pouquinho.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Márcio Lacerda, orgulho de Belo Horizonte. Só que não.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-74241182520623699192010-11-21T10:07:00.000-02:002010-11-21T10:07:35.917-02:00Vende-se uma cidade<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Era uma vez uma cidade. Linda, com uma estrutura razoável, clima agradável e tudo o mais. Já foi, inclusive, considerada uma das melhores capitais do mundo para se viver. Teve sua gestão considerada a melhor do país e a oitava melhor da América Latina.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Só que veio 2008 e as eleições municipais. E um senhor de ultrajante comportamento tomou posse como "prefeito". Justifico as aspas ao me referir ao sr. Márcio Lacerda porque ele não passa de um empresário querendo gerir uma cidade como se fosse uma empresa.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Aguentem a mais nova onda do imperador Lacerda:</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a bitly="BITLY_PROCESSED" href="http://www.minaslivre.com.br/artigo/prefeito-lacerda-promove-a-maior-privatizacao-de-bens-publicos-de-belo-horizonte/"><i><b>Lacerda privatiza 81 bens públicos de Belo Horizonte</b></i></a></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>Por Carlos Alberto Cândido</i></span></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: "Trebuchet MS",sans-serif; text-align: center;"><a bitly="BITLY_PROCESSED" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWKFCtagw8W03qsBR6W5L0Rnxgl9SMOZxI_xJjMrn9797flR4KDY9JLl_CpXu9hwDAR3i8k_hORpwzkQxqolHWo-h-X-NP4mqrpYUpT7RgFHwUkvXHttkwHZusNDRkhgU7BmSBMcR93lA/s1600/privatiza%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWKFCtagw8W03qsBR6W5L0Rnxgl9SMOZxI_xJjMrn9797flR4KDY9JLl_CpXu9hwDAR3i8k_hORpwzkQxqolHWo-h-X-NP4mqrpYUpT7RgFHwUkvXHttkwHZusNDRkhgU7BmSBMcR93lA/s1600/privatiza%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" /></a></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><br />
Está no noticiário, mas ninguém parece ter se dado conta da importância do fato nesta cidade de imprensa submissa: o prefeito Márcio Lacerda (PSB) vai promover a maior privatização de bens públicos que Belo Horizonte e talvez qualquer cidade brasileira já viu. Serão 81 imóveis municipais, que irão a leilão, inclusive o Mercado Distrital da Barroca e a mansão residencial do prefeito, localizada às margens da Lagoa da Pampulha, próximo do Museu de Arte, e que tem um painel de Guignard. A informação é que o painel será retirado, mas até que isso aconteça, é melhor desconfiar.<br />
<br />
O pior, porém, é ver dezenas de terremos desocupados, com tamanhos variando entre 1 mil e 10 mil metros quadrados, segundo notícia do Estado de Minas, se transformarem em mais espigões. Se tem uma coisa de que Belo Horizonte não precisa hoje é que áreas públicas se transformem em empreendimentos imobiliários. Muito melhor seria ver esses lotes virarem praças e parques, para lazer da população, com muitas árvores para ajudar a despoluir o ar. Ao contrário do que se diz, Belo Horizonte tem pouquíssimas áreas verdes; tem muitas árvores, mas elas estão nos passeios.<br />
<br />
Para piorar a situação, o prefeito gosta de privatizar espaços públicos, como fez com a Praça da Estação, cujo uso agora só se dá mediante pagamento de aluguel. E gosta também de transformar áreas verdes em empreendimentos imobiliários, como está fazendo com a Mata do Isidoro, que será transformada na Vila da Copa, visando a abrigar delegações para a Copa da Fifa.<br />
<br />
A privatização dos espaços públicos será certamente a marca do mandato do prefeito empresário, que tenta administrar Belo Horizonte como uma empresa: o que não dá lucro – cultura, por exemplo – não tem serventia. Não à toa recebeu vaia monumental do maior auditório da cidade, o Palácio das Artes, durante o Festival Internacional de Teatro (FIT), em agosto passado. Já tinha passado por isso na festa de encerramento do festival Comida di Buteco, em maio.<br />
<br />
Empresário da cidade, o prefeito atua como auxiliar do capital, que destrói rapidamente todos os espaços vazios da cidade, derruba casas, escolas e até clubes – como acontecerá, ao que tudo indica, com o centro de lazer do América, no Bairro Ouro Preto – para erguer no lugar enormes edifícios.<br />
<br />
É dever da prefeitura conter a especulação imobiliária, em defesa da qualidade de vida para os belo-horizontinos. Em vez disso age ela também a favor da deterioração do município. A intenção, diz a notícia, é fazer um caixa de R$ 200 milhões. O mercado vale no mínimo R$ 19,5 milhões; a casa do prefeito, R$ 1 milhão (só? Este é o preço de um apartamento na zona sul…). O governo FHC mostrou o que acontece com dinheiro de privatizações: desaparece sem trazer nenhum benefício social.<br />
<br />
É incrível que nenhum representante dos belo-horizontinos, nenhum vereador, nenhuma organização da sociedade tenha ainda se levantado contra a realização desse crime contra o patrimônio público, movendo, inclusive, uma ação na justiça.</i></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Incrível é acreditar que Lacerda é cogitado à reeleição. Sem mais.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-16079620092621502792010-11-20T23:53:00.000-02:002010-11-20T23:53:00.472-02:00Sobre Luiz Carlos Prates, um miserável<div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Rebuliço geral nesta última semana na internet. Uma polêmica andou tomando conta da internet recentemente. Trata-se de um comentarista da RBS, a TV Globo no Sul, Luiz Carlos <strike>Prestes</strike> Prates.</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Não sei se por infelicidade ou por puro "reacionarismo", Prates soltou o seguinte comentário no jornal da hora do almoço da citada emissora:</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><iframe class="youtube-player" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/uwh3_tE_VG4" title="YouTube video player" type="text/html" width="480"></iframe><br />
<br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas... Caro leitor, parei para pensar nisso ontem, em uma discussão deveras interessante com uma amiga minha, ex-discente de Colégio Militar. Contei a ela sobre o comentário acima. E não é que chegamos a uma teoria interessante?</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Vejam: uma pessoa da estirpe de Prates tende a defender o Capitalismo. Ora, este sistema consiste em liberalidade do mercado, livre comércio, livre transações. Se há liberdade nessas relações econômicas, isso implica dizer que <b>qualquer um </b>pode comprar um bem de consumo, mesmo os mais "miseráveis" e "desgraçados", desde que tenham carta de crédito na praça. Você dizer que essa liberalidade de comércio é maléfica, sendo culpa "desse governo espúrio" - leia-se Governo Lula -, você acaba sendo o próprio sistema capitalista, que não exige <i>curriculum vitae</i> do comprador. Pelo o que sei, nunca exigem diploma de nível superior quando eu vou a uma loja de eletrodomésticos...</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Engraçado, não?</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Entrando nessa confusão, vem a Record e rebate o comentário do Prates:</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><iframe class="youtube-player" frameborder="0" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/wXqvQHXlIbA" title="YouTube video player" type="text/html" width="480"></iframe><br />
<br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Diria Noel Rosa:</div><blockquote><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Quem é você que não sabe o que diz</i></div><i style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Meu Deus do Céu, que palpite infeliz...</i></blockquote>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-10853638555113844632010-11-19T22:54:00.002-02:002010-11-19T22:54:58.329-02:00Marcelo Adnet ironiza eleitores elitistas no Comédia MTV<div style="text-align: center;"><object height="340" width="560"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/jrUVle5wdPY?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/jrUVle5wdPY?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-85305344911047567872010-11-15T20:41:00.000-02:002010-11-15T20:41:43.667-02:00Entrevista com o Ministro Celso Amorim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/_QWRgSYHhZW0/TOG24j8t86I/AAAAAAAAAvM/q8YSrXOcVrA/s1600/Celso+Amorim+14-02-10.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="282" src="http://3.bp.blogspot.com/_QWRgSYHhZW0/TOG24j8t86I/AAAAAAAAAvM/q8YSrXOcVrA/s400/Celso+Amorim+14-02-10.jpg" width="400" /></a></div><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Entrevista do Celso Amorim para a Folha de S. Paulo. Perguntas bastantes "cheirosas" feitas pela Eliane Catanhêde...</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> <i><br />
<b>Folha:</b></i> <b>O sr. é candidato a continuar no cargo?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Fiquei muito contente com a vitória da ministra Dilma, com quem sempre tive relações da melhor qualidade. Isso não significa que eu vá, ou possa, criar algum tipo de constrangimento. Eu seria incapaz de me colocar como candidato a alguma coisa, ou cobrando alguma coisa. Isso não existe.<br />
<br />
E, se você olhar sob o ponto de vista da vaidade pessoal, eu passei o Barão do Rio Branco em número de dias no ministério. Sou o ministro mais longo da história do Itamaraty e o segundo mais longevo de todos. Só o Gustavo Capanema ficou mais tempo do que eu.<br />
<br />
O "Foreign Affairs" me colocou como o melhor chanceler do mundo. Honestamente, o que mais eu posso querer? É melhor sair no ápice do que esperar acontecer alguma coisa.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>O que é o ápice?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim:</i> Você lê qualquer jornal internacional, mesmo os que são contra a algum aspecto da política externa brasileira, e todos dizem que a importância do Brasil no mundo cresceu.<br />
<br />
Claro que atribuem ao crescimento econômico, aos avanços sociais, mas também à ousadia da política externa. Que é do presidente, diga-se, mas eu ajudei.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Se o sr. fosse convidado, ficaria?</b><br />
<br />
<i>Folha: </i>Qualquer coisa que eu diga soará mal. Não tenho como responder. Eu me sinto bem, considero minha missão cumprida.<br />
<br />
Agora, se alguém me pedir um conselho, estou disposto a dar.<br />
<br />
Por exemplo...<br />
<br />
Acho que o próximo ministro deva ser um profissional e a gente deve continuar trabalhando na linha da renovação. Precisamos de gente mais nova.<br />
<br />
Eu já estou velho, tenho 68 anos, vivi muito.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>O sr. apoia o embaixador Antônio Patriota?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Acho que ele tem plenas condições, mas não é o único. Mas não quero discutir nome a nome.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Mas, quando fala em solução profissional, exclui o ministro Nelson Jobim?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Isso não cabe a mim. Mas acho que o Itamaraty se engrandeceu por ter profissionais não apenas na chefia da Casa, mas em todos os cargos diplomáticos, e isso é a primeira vez que acontece na história deste país. As pessoas trabalham com vontade redobrada.<br />
<br />
Mas San Thiago Dantas, por exemplo, não era diplomata de carreira e foi um grande ministro, que marcou a história. Nada é absoluto.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Por que o sr. participou tão assiduamente na campanha de Lula em 2006, mas sumiu na de Dilma?<br />
</b><br />
<i>Celso Amorim: </i>Eu fui três vezes, mas a situação é um pouco diferente, porque eu era ministro do Lula. Minha participação mais direta era mais natural.<br />
<br />
E, em 2010, coincidiu que tive uma agenda de viagens mais carregada.<br />
<br />
Por que a política externa, diferentemente das expectativas, não foi tema de campanha?<br />
<br />
Ora, porque a oposição não tinha nada a ganhar com isso, porque o povo brasileiro, em sua esmagadora maioria, só tem palavras de apreço à política externa. Eu vejo isso claramente na rua.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Se é assim, por que o governo não se aproveitou disso na campanha?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Porque não precisava, era um ponto pacífico.<br />
<br />
E falava-se, sim, no prestígio internacional do Brasil, ao lado do Bolsa Família, crescimento, salário mínimo.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>A que se deve esse prestígio internacional? À força de Lula, ao crescimento econômico ou a uma estratégia de política externa?<br />
</b><br />
<i>Celso Amorim: </i>A personalidade do Lula foi um fator indispensável, obviamente, mas isso foi acompanhado desde o primeiro momento de uma visão de política externa inovadora. E houve uma sucessão de acertos que deu no que deu.<br />
<br />
Até a "The Economist", que criticou várias vezes a política externa, agora chama o Brasil de "gigante diplomático". A "Foreign Affairs", o "Le Monde", a "Foreign Policy", "El Pais", todos elogiam.<br />
<br />
Mas o Lula e os assessores dele dizem que essas avaliações estrangeiras sobre o Brasil não têm a menor importância. Afinal, têm ou não têm? Ou só têm quando é a favor?<br />
<br />
Infelizmente, só sai notícia mais positiva quando a imprensa lá fora publica. É o que a gente chama de "complexo de vira-lata" que o presidente tanto critica. Tem de se trabalhar com ele para vencê-lo, como na psicanálise.<br />
<br />
<b><i>Folha </i>Como o sr. virou chanceler?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Eu nunca soube porque o Lula optou por mim, nunca perguntei a ele. Ele costumava dizer que eu tinha um pouquinho de caspa, então, devia ser um pouco mais popular.<br />
<br />
Adivinha qual a primeira pessoa para quem eu liguei quando o Lula foi eleito em 2002? Dá um palpite. Eu nem conhecia o Lula. Foi para o Fernando Henrique Cardoso, com quem eu me dava muito bem. Eu disse que a chegada de Lula ao poder, depois dele, era a consolidação da democracia. E foi, de fato. A estabilidade foi mantida, a inclusão social aprofundada, avançamos na área de clima.<br />
<br />
Com o governo acabando, posso falar tranquilamente que o Lula é uma figura excepcional, você vai contar três ou quatro líderes políticos como ele no século. É quase da dimensão do Nelson Mandela, e só não é igual porque a situação lá era mais dramática.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>E como vai ser agora, sem Lula?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Sempre me perguntam isso, e eu respondo: Olha, Pelé só teve um, mas o Brasil foi cinco vezes campeão do mundo, algumas vezes sem Pelé. Igual a Lula não vai ter, ele é uma personalidade única na história recente do Brasil.<br />
<br />
Mas não quer dizer que a Dilma não vá fazer um governo extraordinário e uma política externa muito boa. É uma mulher presidente do Brasil, e uma mulher que sabe o que quer e sabe comandar. Há quem compare a Dilma com a Margareth Tatcher, mas eu discordo.<br />
<br />
A Dilma tem uma sensibilidade social, uma capacidade de ver as necessidades do povo que me dá confiança de que será muito bom para o país.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Qual foi o grande acerto da política externa no governo Lula?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Quando o presidente Lula me indicou publicamente, eu tinha de dizer umas palavras rápidas ali. Eu tinha falado umas duas vezes com Lula, não tinha combinado nada, não tinha estudado o programa do PT, e, aí, eu disse que a política externa seria altiva e ativa.<br />
<br />
E essas palavras, que eu disse quase por acaso, acabaram entrando para o programa do PT e da presidente [Dilma]. Era uma questão de atitude. Hoje, eu até trocaria por política externa desassombrada e solidária, sobretudo porque não tem medo da própria sombra.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>A política externa antes não era altiva e ativa?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Tenho 50 anos de Itamaraty e vi muita gente muito boa, muito competente, mas com aquela atitude que um secretário-geral de muito tempo atrás traduzia assim: "Política externa dá bolo".<br />
<br />
Então, é melhor cuidar da burocracia, fazer uma coisinha ou outra e evitar bolo.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Exemplo do que poderia dar bolo?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Quando nós fizemos o G-20 comercial em Cancún, quando começamos a brigar contra a Alca e todos os vizinhos pareciam muito atraídos pela Alca, inclusive a Argentina.<br />
<br />
Mas, veja bem, eu não decidi brigar com a Alca, eu disse: vamos ver, vamos conversar, vamos discutir. E ela morreu em Miami, sabe por quê? Porque foi quando conseguimos chegar a uma Alca que serviria ao Brasil, que não cerceasse a nossa capacidade de escolha de um modelo de desenvolvimento, e aí não interessava mais para os outros.<br />
<br />
Era uma Alca que não nos sujeitava a um modelo neoliberal em compras governamentais, em investimento, em proteção à propriedade intelectual, e em agricultura. Os fundamentalistas de lá não quiseram. Então, matamos a Alca sem dar um tiro.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Isso tudo não foi um pouco de teatro? A intenção não era matar a Alca desde o início, por uma questão ideológica?<br />
</b><br />
<i>Celso Amorim: </i>Olhando em retrospectiva, foi melhor talvez mesmo não ter tido a Alca. A crise nos EUA demonstrou isso. Nós ficamos mais protegidos, tivemos mais liberdade. E pudemos investir numa política Sul-Sul. E nada foi mais importante do que o processo de integração da América do Sul. Os presidentes se falam o tempo todo. Isso é muito importante.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Mas o Brasil ficou sem a Alca, não concluiu a Rodada Doha de comércio e se recusou a fazer acordos bilaterais. O país tirou a Alca e não botou nada no lugar?<br />
</b><br />
<i>Celso Amorim: </i>Tenho certeza de que a Rodada Doha da OMC será concluída, mais cedo ou mais tarde. E, quando for, as pessoas vão olhar que o germe da conclusão correta foi a criação do G-20 comercial em Cancún, e aí foi o Brasil.<br />
<br />
O nosso comércio cresceu com o mundo inteiro. Vão dizer que foi por causa disso, por causa daquilo outro, mas a verdade é que cresceu e o Brasil já é a oitava economia do mundo e já está entre os dez maiores cotistas do FMI.<br />
<br />
Não há nenhuma, nenhuma mesmo, negociação comercial para a qual o Brasil não seja chamado. Como a China, a Índia, e isso é tudo resultado de Cancún, em agosto de 2003. Tinha um acordo todo prontinho entre EUA e União Europeia, para nos enganar de novo, como sempre. Só sobravam umas migalhinhas para os outros. Quem disse "não" foi o G-20, e não há quem não reconheça que quem liderou o G-20 foi o Brasil.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Ou Celso Amorim?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Quem liderou foi o presidente Lula, mas quem estava lá na linha de frente fui eu. Eu não escrevi livros, nunca formulei uma filosofia própria, mas o que, sim, eu fiz uma boa parte da minha vida foi ser negociador.<br />
<br />
Até por isso é um bom momento para trocar de ministro, porque não tem nenhuma grande negociação em andamento.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>E a contaminação ideológica, as picuinhas contra os EUA?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>Falar em política externa independente é quase pleonasmo. Eu diria que tivemos uma política externa que não teve medo de tomar as atitudes internacionalmente.<br />
<br />
Logo no início, o presidente Lula condenou claramente a invasão do Iraque, mas sem confrontacionismos inúteis, tanto que ele teve uma boa relação com o presidente [George W. Bush].<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Como foi aquele início em que o sr. mandava de um jeito, o Marco Aurélio Garcia, de outro, e o Samuel Pinheiro Guimarães, de um terceiro? Como foi afinal definido o rumo?<br />
</b><br />
<i>Celso Amorim: </i>Foi uma conversa contínua. Foi tudo empírico, intuitivo. O presidente Lula muitas vezes tinha uma intuição do que devia fazer, mas foi preciso formular aquilo em termos diplomáticos, e isso exige alguma experiência. É como fazer uma casa.<br />
<br />
Você tem a ideia do que quer, mas precisa de um técnico que desenvolva essa ideia. E o presidente Lula já disse que a gente se comunica até por telepatia.<br />
<br />
<b><i>Folha: </i>Falando assim, não houve um risco grande de improvisação, de risco?</b><br />
<br />
<i>Celso Amorim: </i>As coisas centrais foram objeto de discussões amplas com ministros de outras áreas, como no caso da Alca e da OMC. Eu definia a tática, mas o presidente Lula é que aprovava. Às vezes, dizia: "Não, isso aqui eu prefiro não fazer". Quando nós estávamos voltando da segunda viagem presidencial, a Davos, ele disse: "Celso, nós agora vamos fazer uma nova geografia econômica e comercial do mundo". Foi inspiração dele. Não fui eu quem inventou, foi ideia dele.<br />
<br />
E, aos poucos, fomos fazendo a aproximação com os países árabes, com a África. Veja a África hoje: se você considera como um país só, é o quarto parceiro comercial nosso, maior do que Alemanha e do que Japão. Fizemos muito com a África, mas eu acho que ainda é pouco, teríamos que fazer ainda mais. Corremos o risco de perder terreno para a China ou para a Índia.<br />
<br />
Hoje, vou a Moçambique e vejo nossos empresários de peso sentados lá. Antes, ia para lá o representante do representante do representante, quando ia. Só do presidente foram 12 viagens à África.<br />
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<b><i>Folha: </i>A sensação de sucesso não gerou uma certa megalomania? O Brasil não começou a se meter onde não devia?<br />
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<i>Celso Amorim: </i>A função de um diplomata, quando está tudo escuro, é vislumbrar aquela réstia de luz ali na porta e ir lá, tentar aumentar. É isso que a gente tem de fazer e a política externa do presidente Lula fez.<br />
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Já que não é possível ter uma democracia perfeita no mundo, você tem de ter um pouco mais de equilíbrio, para que ninguém possa impor apenas sua vontade, para que várias visões de mundo estejam presentes em relação ao comércio, às finanças, ao clima, à paz e à segurança internacionais. A multipolaridade é um instrumento que a gente tem obrigação de usar.<br />
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A aproximação com a África, com os países árabes, com a Ásia, entra nisso. É assim que a gente alarga aquela réstia. Não posso dizer: Ah. Isso é muito difícil para mim, vou deixar só os EUA cuidarem disso, ou só a Rússia, ou só a China. Eu tenho obrigação de cuidar disso também.<br />
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Quando o presidente visitou a Síria e a Líbia, por exemplo, houve uma avalanche de críticas. Quando pouco depois o Blair e o Aznar foram lá, aí todo mundo achou bacana. Então, nós apenas estávamos à frente.<br />
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Hoje, está claro que não é possível falar em paz no Oriente Médio sem Síria participando. Não é questão de achar que é boa ou ruim, é de reconhecer que é um ator indispensável.<br />
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<b><i>Folha: </i>E a questão de princípios, de democracia, de direitos humanos?</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>A repercussão que pode ter tido aqui um ou outro fato, uma coincidência infeliz...<br />
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<b><i>Folha: </i>O sr. considera uma coincidência infeliz o presidente e seus ministros às gargalhadas com os irmãos Castro justamente no dia em que morre de fome um dissidente que esperava ajuda do Brasil?<br />
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<i>Celso Amorim: </i>O fato de ele ter morrido quando o presidente Lula estava lá era imprevisível, você chame como quiser chamar.<br />
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<b><i>Folha: </i>Não é equivalente a Lula comparar a resistência iraniana a chororô de time derrotado, quando se sabe que lá os dissidentes são mortos?<br />
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<i>Celso Amorim: </i>Não me cabe comentar declarações do presidente Lula. Mas digo que não é correta a percepção de que o Brasil procurou fazer certas coisas porque é amigo do Irã e quer fazer certas coisas porque é amigo. O Brasil procura ter relações de amizades com todos os povos.<br />
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<b><i>Folha: </i>O que o Brasil ganha em se meter a intermediar o acordo nuclear do Irã?</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>Na questão nuclear, o que o Brasil fez foi o que os países ocidentais queriam. Nós viabilizamos a aceitação pelo Irã de uma proposta feita, na verdade, pelo ocidente. E por que não devíamos tentar? É como a gente se trancar dentro de casa e dizer: "nós somos pequenininhos, não podemos sair na rua..."<br />
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Tem uma hora que a gente precisa olhar para fora e ver se todo mundo está achando que você é pequenininho mesmo. E vai ver que não. Agora mesmo, quando o Obama fala na inclusão da Índia no Conselho de Segurança [da ONU] todos captaram que não é possível fazer uma reforma do conselho sem o Brasil.<br />
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Quando se discute clima, você chama o Brasil. Quando se fala de finança, você chama o Brasil. Quando se fala de comércio, você chama o Brasil, como a Índia e a China. O único terreno em que havia ainda uma certa reserva de mercado, digamos assim, era a questão da paz e da segurança. E foi por isso que a ação do Brasil e da Turquia incomodou.<br />
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Os dois ficaram isolados.<br />
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A verdade é que os países ocidentais diziam: "Vai lá, vai lá". Nós fomos em boa fé, mas a verdade é que ninguém acreditava que o Irã aceitasse três pontos da carta do Obama, e o Irã aceitou, a verdade é essa.<br />
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<b><i>Folha: </i>Os EUA então puxaram o tapete do Brasil?</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>Quem disse foi o El Baradei, da Agência de Energia Atômica. Ele disse claramente que os proponentes não podiam aceitar "sim" como resposta. Acho que eles se desentenderam internamente. Não esperavam obter, obtiveram e não souberam o que fazer com isso.<br />
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A história, você não pode contar em seis ou oito meses. Eu não sei o que vai acontecer, mas certamente tudo isso diz respeito à paz mundial, porque se houver uma guerra no Irã não vai afetar só o Irã, vai ter efeitos muitos graves para todo o Oriente Médio.<br />
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Nós vimos na proposta, veja bem, elaborada pelo próprio Ocidente, era uma possibilidade de solução. E contemplava uma hipótese da qual o Irã não vai abrir mão: a de ter energia nuclear, inclusive enriquecimento, para fins pacíficos. E isso é permitido pelo TNP [Tratado de Não Proliferação Nuclear].<br />
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<b><i>Folha: </i>Por que o Brasil se omite na condenação de países que desrespeitam os direitos humanos?</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>Eu lidei 8 anos com a ONU e já participei diretamente disso, sei o quanto essas coisas são manipuladas. No ano em que os EUA estavam fazendo acordos comerciais com a China, a China desaparecia das resoluções de direitos humanos. No ano seguinte, não tinha mais acordo comercial com a China, e a China voltava para as resoluções. E agora não entra mais. Isso é sabidíssimo.<br />
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E você pode reparar que há sete países que convivem com situações crudelíssimas, inclusive contra mulheres, e que jamais são mencionados. Por quê? Porque têm bases americanas ou têm outros interesses.<br />
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Nosso objetivo não é fazer diploma, é promover mudanças reais nas condições. Mas, no caso da Coreia do Norte, por exemplo, que fez ouvidos moucos a todas as recomendações, aí sim, nós votamos a favor da resolução que condenava.<br />
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Nem acho que ela vá funcionar, porque é tão hostil que cria uma barreira, quando o objetivo deve ser o diálogo. Condenar só não adianta nada.<br />
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<b><i>Folha: </i>O Brasil está exercitando o "soft power" ao gastar rios de dinheiro em países de todos os continentes, alguns muito distantes de nossa realidade? Trata-se de compra de votos?<br />
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<i>Celso Amorim: </i>Em geral, está financiando empresas brasileiras. Então, você dá por um lado e recebe pelo outro. E o que o Brasil gasta, na verdade, é ínfimo.<br />
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Nossa cooperação técnica é comparável talvez à de um pequeno país europeu, tipo Áustria. Você não pode estar entre as dez maiores economias do mundo, querer uma política ativa na OMC e querer que esses países de apoiem sem nada em troca.<br />
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É também querer que esses países assumam um risco na hora de você brigar com os Estados Unidos, brigar com a União Europeia. Você cria vínculos, cria alianças.<br />
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<b><i>Folha: </i>A diferença é que a Áustria não tem os milhões de miseráveis que o Brasil ainda tem.</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>Mas uma coisa não pode eliminar a outra. Você vai resolver o problema dos mais pobres com um bom mercado interno, mas também com uma boa inserção internacional, com apoio internacional.<br />
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É muito mais complexo do que ser bonzinho daqui, interesseiro dali. Diz respeito à própria imagem brasileira. Eu não vi, por exemplo, nenhuma crítica à ajuda que o Brasil dá ao Haiti.<br />
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<b><i>Folha: </i>Abrir tantas embaixadas, até em países minúsculos, está dentro desse contexto?</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>Vai ver quantas embaixadas tem a Rússia, tem a Índia, tem a China... Influir na realidade internacional é do interesse do Brasil. Uma das maneiras é ter contato direto com os países, ter um embaixador lá para falar com um ministro, até com o presidente. As próprias empresas nos procuram, pedindo, estimulando.<br />
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<b><i>Folha: </i>E quando, afinal, o Brasil vai nomear um embaixador para Honduras?</b><br />
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<i>Celso Amorim; </i>Há um passo a ser dado que nós consideramos muito simples, que é permitir ao menos a volta do [ex-presidente deposto Manuel] Zelaya ao país. Ele foi expulso por um golpe militar com uma arma na cabeça.<br />
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<b><i>Folha: </i>Com a consolidação da Unasul, qual o futuro da OEA?</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>Cada uma vai ter o seu papel. A OEA inclui países muito heterogêneos. São dois países muito desenvolvidos e um bando enorme de países em desenvolvimento.<br />
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Então, até para que haja um diálogo produtivo, é importante que os países em desenvolvimento na região se integrem. Integrados, nós teremos mais força, não só para brigar, não, mas para dialogar mesmo com os EUA e o Canadá.<br />
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A OEA tem sobrevida, mas muita coisa pode ser resolvida ou bem encaminhada no âmbito da Unasul antes de chegar lá.<br />
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<b><i>Folha: </i>O mundo está centrado em duas incógnitas, EUA e China. É uma nova bipolaridade?</b><br />
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<i>Celso Amorim: </i>Não acho que nós saímos de uma bipolaridade para cair em outra, porque o mundo hoje é muito mais complexo. Por mais que a China seja importante, precisa do Brasil para discutir clima.<br />
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Por mais que os EUA sejam importantes, precisam do Brasil para discutir comércio e finanças. Do Brasil e de vários outros.<br />
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Eles têm de ouvir os outros, porque não há mais como haver políticas impositivas, nem um mundo dividido em dois campos, com cada um dominando o seu campo a seu modo. Isso, com certeza, não há nem haverá.<br />
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<b><i>Folha: </i>A China é aliado do Brasil nos Bric, mas não é ao mesmo tempo competidor comercial direto?<br />
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<i>Celso Amorim: </i>Nosso saldo comercial com a China deve chegar a US$ 7 bilhões neste ano, enquanto temos um deficit de US$ 5 bilhões com os EUA, que é o maior superavit dos EUA no mundo. Então, vamos convir que a China não é o nosso grande problema.<br />
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<b><i>Folha: </i>Se o sr. pudesse voltar atrás, o que faria diferente?</b><br />
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<i>Celso Amorim; </i>Vou falar como a Edith Piaf: "Je ne regrette rien". </span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-24788208923695746622010-11-08T00:40:00.004-02:002010-11-08T00:50:03.551-02:00ENEM 2010 - EU JÁ SABIA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfRral6krQSycmIVflTNAZC1R_347c2jiMH9akHnQi20jajPCm5GxEI3TgTxJtx_byGg54IqB9kamx0VXM_8pMSJGwof59MWvK4_Tu6_o51haq5SRmO7UKcVkPKVL4hkBfh7TuFC0c4EWh/s1600/palhaco2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 350px; height: 462px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfRral6krQSycmIVflTNAZC1R_347c2jiMH9akHnQi20jajPCm5GxEI3TgTxJtx_byGg54IqB9kamx0VXM_8pMSJGwof59MWvK4_Tu6_o51haq5SRmO7UKcVkPKVL4hkBfh7TuFC0c4EWh/s1600/palhaco2.jpg" border="0" alt="" /></a><br />No último fim de semana aconteceu a segunda prova do novo modelo do ENEM e adivinhem o que aconteceu?<br />DEU MERDA!<br />Citarei alguns probleminhas:<br />• Em Belo Horizonte, no sábado, acabou a energia elétrica de um dos locais de prova. Os candidatos ficaram presos em elevadores, tiveram acesso a telefones celulares e o exame nacional do ensino médio só pode começar duas horas após o horário previsto.<br />• Há registro de candidatos que, durante a prova, “tuitaram”. A prova está neste <a href="http://info.abril.com.br/noticias/internet/candidatos-tuitam-durante-o-enem-07112010-14.shl ">link</a><br />• No primeiro dia de provas as matérias do cartão de resposta não correspondiam às matérias do caderno de provas. Houve dúvida na hora de marcar o gabarito.<br />• A rádio UFMG Educativa noticiou que teve acesso a uma suposta imagem de prova que foi postada no twitter durante realização da prova.<br />• Como esperado, imensos enunciados estavam presentes nas questões da prova, tornando-a um verdadeiro teste de resistência.<br />• No primeiro dia de provas, o caderno de provas amarelo tinha erros de impressão que prejudicaram os candidatos. Algumas questões estavam repetidas, ao que parece.<br />• No twitter do MEC, @MEC_Comunicacao , uma mensagem ameaçadora: “Alunos q já "dançaram" no Enem tentam tumultuar com msgs nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los.” <a href="https://twitter.com/#!/MEC_Comunicacao/status/1341424851222528">https://twitter.com/#!/MEC_Comunicacao/status/1341424851222528</a> <br /><br /> <br /><br /><br />Creio que mais problemas aconteceram, peço aos leitores deste blog que coloquem aqui nos comentários seus relatos sobre problemas e o que acharam do ENEM.<br /><br />A verdade é que até Lula, Dilma e companhia sabiam que o ENEM tinha grandes chances de ter problemas, tanto é que o exame, ano passado marcado em outubro, antes da fraude, este ano ocorreu no início de novembro, pós-eleições, evitando uma possível perda de votos.<br /><br />Quem também merece lembranças é a reitoria da UFMG, que em uma decisão apressada, imediatista e estranha adotou o ENEM como primeira etapa do vestibular 2011, graças a um aumento de verbas do governo para a universidade. Também houve, pouco após a adoção ao exame nacional do ensino médio, a coincidente nomeação do Reitor Clélio Campolina para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, um órgão do governo, de assessoramento imediato ao presidente da República. Entretanto, nada é possível afirmar sobre esse último fato, já que o currículo de Campolina é de imensa qualidade, não lhe faltando competência para assumir tal responsabilidade.<br />Os estudantes protestaram contra a decisão da UFMG, avisaram, mas não adiantou. <br /> Definitivamente o Brasil não está preparado para realizar uma prova dessas proporções.Mais uma vez o estudante brasileiro foi feito de palhaço, um enorme desrespeito do governo.<br />O blog volta nos próximos dias cobrindo os acontecimentos e decisões com relação ao ENEM 2010. Há rumores de que o exame pode ser anulado.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-77758549348375399862010-11-06T08:58:00.002-02:002010-11-06T08:58:07.330-02:00TV Diplomatique entrevista Plinio de Arruda Sampaio<div style="text-align: center;"><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/yuy5FnRG9eY?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/yuy5FnRG9eY?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3607516804534103171.post-20511599336384821792010-10-31T19:54:00.002-02:002010-10-31T20:32:15.356-02:00Dilma Rousseff, primeira Presidenta da República Federativa do Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a bitly="BITLY_PROCESSED" href="http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:UGL453bsuDFnWM:http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2009/04/dilma_rousseff_2.bmp&t=1" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:UGL453bsuDFnWM:http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2009/04/dilma_rousseff_2.bmp&t=1" /></a></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Hoje, 31 de outubro de 2010 (Dias da Bruxas, por algum acaso...), <b>Dilma Vana Rousseff</b> elege-se a primeira presidenta do Brasil, continuando o legado de Luís Inácio Lula da Silva. Com 55% dos votos, derrotou José Serra, que ficou com 45% dos votos válidos. </div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É, o Serra ficou nos 45, mesmo...</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />
</div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></div><div style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em Minas Gerais, Dilma ficou com 58% e Serra com 42%. É a continuidade da Era Lula.</div>Unknownnoreply@blogger.com0